Com picos de visualização de entre cerca de 68 mil e 97,708 mil durante os embates, a final do entre a gigante LOUD e a Ninjas in Pyjmas (NIP) foi vista por 123,992 mil espectadores e não há como negar que o VALORANT é uma paixão nacional.
Outro amor dentre os fãs de diversas modalidades de eSports é a LOUD e, mesmo assim, no cenário internacional, a equipe foi considerada underdog, ou seja, uma perdedora.
Mas, afinal, você já parou para pensar o porquê de times do VALORANT Masters invalidaram uma das line ups mais brilhantes e amadas pela nação brasileira? Analisamos alguns pontos para entender os possíveis e principais motivos. Se prepare para o round pistol e rushe nesse mapa com a gente:
O reflexo do LoL brasileiro
Em campeonatos internacionais e mundiais de League of Legends (LoL), tais como o MSI (Mid Season Invitational) e o Campeonato Mundial de League of Legends (Worlds), os brasileiros infelizmente não possuem grandes números em comparação a outras regiões do game.
Mesmo com um título do All Stars, quase toda vez é a mesma história: uma equipe muito forte no Brasil, que é capaz de muitas vezes vencer o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) de forma invicta, consegue o título e cria grandes esperanças para os fãs.
Chegando no mundial, os pro players acabam não desempenhando boas jogadas e na maior parte das vezes não consegue passar nem da primeira fase do campeonato mais importante da modalidade. Os próprios fãs de LoL fazem piadas com a própria região, considerando-a inferior às outras.
Diversos técnicos de times e profissionais de eSports já demonstraram desgosto sobre época de treinamento pós nacional, em que a maior parte dos pro players saem de férias e a equipe vencedora não tem como treinar contra outras organizações para elevar o nível competitivo e testar novas composições.
Além disso, aparentemente os elencos internacionais se recusam a treinar contra os jogadores brasileiros. De qualquer forma, existe uma ideia entre torcida e organizações internacionais de que o Brasil não deve ser considerada uma região que possa render bons jogos.
O fator LOUD
Qualquer pessoa que acompanhe minimamente eSports ou ao menos jogue algum game competitivo sabe que a LOUD é a maior organização em fãs na América Latina.
Criado em 2019, o time nasceu no cenário de Free Fire (FF), que por muito tempo também foi desacreditado pelos fãs de eSports por conta de ser um game mobile.
O estigma de que quem jogasse no celular não era um “gamer de verdade” demorou um tempo para ser esquecido, dando chance a um cenário competitivo que trouxe oportunidades para diversas pessoas que não tinham dinheiro para ter um computador gamer e jogar os últimos games lançados.
A LOUD também criou um novo modelo de negócio dentro do universo dos games dos eSports: a organização não focou apenas no competitivo como se é esperado de equipes, mas, também investiu em talentos para realizar criação de conteúdo.
Isso foi o que diferenciou os verdinhos de diversos outros clubes competitivos dentre os jogos eletrônicos, dando força total para a organização que atualmente possui quase 12 milhões de seguidores no Instagram e no canal oficial do YouTube.
Tirando isso, conta com personalidades consolidadas entre a comunidade, que sozinhas contam entre 5 e 10 milhões de fãs, tais como o caso de Thaiga e Coringa.
Potência brasileira
Com recordes em redes sociais e números considerados absurdos, muitos acham que a LOUD é apenas uma empresa com muitos fãs, desconsiderando o lado competitivo dos times.
Porém, a empresa é considerada uma das que mais investe em estrutura atualmente entre os times brasileiros. É bom se segurar, que a LOUD vem aí para fazer o L nos próximos torneios.
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Matéria escrita por Siouxsie Rigueiras originalmente publicada na Betway e adaptada para o leitor Pichau.