Entre junho e agosto ocorreu a primeira Copa do Mundo de Esports (EWC), em que times de diversas modalidades e países participaram do torneio e dentre os campeões está a equipe brasileira de PUBG Mobile da Alpha7 Esports (A7). A redação da Pichau Arena teve a oportunidade de conversar com exclusividade com Pétala e Yanka Barreiros, irmãs e fundadoras da organização.
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Únicos brasileiros a serem campeões
Não é sempre que pode-se dizer que um time brasileiro foi campeão de alguma competição internacional, entretanto, a A7 mostrou a força brasileira nos esports e trouxe para casa o troféu do EWC na modalidade PUBG Mobile.
Na placa dos vencedores do torneio, a única organização brasileira que aparece é comandada por três mulheres: Eunice Barreiros e as filhas Pétala e Yanka. Sobre poder representar o país e vencer, Pétala disse que “é muito bom a gente fortalecer o nosso nome aqui no Brasil e mostrar que nós temos excelentes profissionais […] e que o trabalho aqui é realmente bem feito”.
Por serem os campeões, a Alpha 7 recebeu US$ 467.312,50 (equievalente à R$ 2.576.293,81), além do troféu e o espaço no monumento do evento.
Presença feminina nos esportes eletrônicos
Apesar de 51% do público gamer ser feminino, poucas mulheres possuem cargos de liderança nos esports.
“Porque desde quando a gente entrou no cenário de esports foi uma luta, a gente não pode negar que existe um preconceito muito grande para a gente chegar onde a gente chegou e aonde nós queremos chegar.
Ainda é preciso quebrar algumas portas, quebrar algumas barreiras. Mas a gente não vai desistir.”, pontuou Pétala.
Mesmo em um cenário adverso, as três mulheres seguem firmes na luta por um cenário mais inclusivo.
“Para a gente é uma honra [ter mulheres] e a gente quer levar cada vez mais essa imagem, essa fortaleza, essa referência pro mundo de esports”, enfatizou a influncer e CEO.
A irmã Yanka Barreiros complementou dizendo: “mulheres contra o mundo aqui”.
O diferencial da organização
O que torna a Alpha 7 diferente e capaz de alcançar os resultados? Para as irmãs Barreiros, o acolhimento e o sentimento de família são os diferenciais, juntamente com a estrutura de qualidade.
A organização possui operações em quatro países diferentes, Estados Unidos, China, Espanha e Brasil, além disso, uma das prioridades da organização é realizar bootcamps. Atualmente a A7 mantém três game houses em São Paulo, mas planeja juntar todos os times em apenas uma mansão.
“Agora a gente quer unificar a Alpha 7 e dar esse sentimento mais de casa para eles “, pontuou Yanka.
Falta de visibilidade
Mesmo sendo o único time do país a vencer o campeonato, as fundadoras da A7 levantam a problemática da baixa visibilidade que a conquista teve na mídia nacional, se comparada com a repercussão obtida no exterior.
“Mesmo sendo campeão lá fora, nós tivemos uma repercussão de mídia internacional e aqui no Brasil isso foi pouco falado”, comentou Pétala.