Na última segunda-feira (22), a Team Liquid fez história no universo dos eSports ao conquistar uma vaga no qualificatório fechado do VALORANT Challengers Brasil (VCB) 2024, tornando-se o primeiro time inclusivo a alcançar tal feito. Mas o que está por trás dessa trajetória notável no cenário inclusivo?
- CS2: ESL revela mudanças no ranking de pontos; competições na América do Sul ganham peso extra
- VALORANT: Atualização 8.01 traz mudanças na Skye e alteração em Breeze
A jornada rumo à classificação
O caminho da Team Liquid começou no primeiro classificatório, em o clube venceu apenas um confronto. No segundo qualificatório aberto, a determinação da equipe se destacou, conquistando a vitória em quatro jogos.
O ponto alto ocorreu quando a Cavalaria superou a equipe “Xenom com m” com uma convincente vitória de 2 a 0, garantindo assim a tão almejada vaga no qualificatório fechado.
Esse feito histórico marcou a Team Liquid como o primeiro time inclusivo a alcançar tal posição. Vale ressaltar que a equipe foi vice-campeã mundial no Game Changers Championship 2023.
Ascensão do Cenário Inclusivo nos eSports
Nos últimos anos, os eSports têm testemunhado uma revolução impactante: a ascensão da inclusão nos esportes eletrônicos. O cenário inclusivo conquista diariamente seu espaço com talento, habilidade e uma determinação inabalável em um território que muitas vezes foi dominado pela presença masculina.
Rebecca Heineman foi pioneira no competitivo, tornando-se a primeira pro player trans da história dos esportes eletrônicos. Em 1980, com mais de 10 mil participantes.
A profissional conquistou o título no campeonato norte-americano de Space Invaders Championship, deixando sua marca na história mundial dos esportes eletrônicos.
Superando desafios e quebrando barreiras
A trajetória dessas personalidades nos eSports não foi isenta de desafios. Enfrentaram estereótipos de gênero, discriminação e ceticismo. No entanto, o pioneirismo e a resiliência abriram caminho para as gerações seguintes.
Desde o início do século XXI, o cenário inclusivo desafiou o status quo, com nomes como Amanda “AMD” Abreu, pioneira no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) desde 2016, marcando presença em âmbito nacional e internacional, Gabriela “Harumi” como a primeira mulher a estrear oficialmente em uma competição de League of Legends (LoL) no Brasil, no Circuito Desafiante de 2020.
Inspirando futuras gerações
A luta pela inclusão persiste, e a resiliência dessas pioneiras abriram caminhos. Um exemplo é Olga “olga” Rodrigues, a primeira jogadora transexual profissional de Counter-Strike no Brasil, eleita a segunda melhor jogadora do mundo pela HLTV Awards em 2022.
Hoje, exemplos como Barbara “bah” Gutierrez, hostess e referência dentro do jornalismo de eSports, brilham inspirando milhões ao redor do globo. O futuro se desenha ainda mais promissor, a quebra de barreiras continua, e o palco competitivo se torna cada vez mais diversificado e inclusivo.
A Team Liquid, ao garantir sua vaga no VALORANT Challengers Brasil 2024, é mais uma prova de que a inclusão é o caminho para um cenário de esportes eletrônicos mais justo e representativo.