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Plano Brasileiro de Inteligência Artificial é anunciado pelo presidente Lula

País busca se tornar referência em formação em IA

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Na última terça-feira (30), o presidente Lula (PT) revelou a criação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (IA), chamado de “IA para o Bem de Todos”. Ao todo, serão injetados R$23 bilhões no segmento até 2028, com início dos investimentos já neste ano.

Conforme afirmou Luiz Inácio Lula da Silva, a intenção do projeto é impulsionar o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial no Brasil, além de transformar a vida dos brasileiros e consolidar o país como um líder mundial em inovação tecnológica.

A novidade foi revelada na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. No discurso, o presidente se mostrou empolgado com as possibilidades que serão criadas pela IA, e aproveitou a oportunidade para garantir que o projeto será uma das prioridades.

Além disso, Lula afirmou ainda que ocorrerão reuniões ministeriais já a partir da próxima semana para acelerar a implementação.

IA
Imagem: Beatriz Borges/g1

As propostas do plano

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial traz uma série de medidas detalhadas que servirão para promover o avanço da IA no Brasil. As ações incluem, por exemplo, a criação de um supercomputador para rivalizar com os cinco mais poderosos do mundo e até mesmo o desenvolvimento de modelos de linguagem em português.

Vale destacar ainda que o projeto também prevê a formação e capacitação de profissionais em inteligência artificial, fornecendo possibilidades desde a educação básica até a pós-graduação. A intenção é garantir que os cidadãos estejam prontos para as oportunidades em IA, que são cada vez mais presentes.

No mais, o “IA para o Bem de Todos” será responsável também por apoiar startups e empresas que desenvolvem soluções baseadas em IA para diversos setores, como saúde, educação, agricultura e indústria.

Confira abaixo a divisão dos recursos anunciada:

  • R$ 435 milhões – ações de impacto imediato;
  • R$ 5,79 bilhões – infraestrutura e desenvolvimento de IA;
  • R$ 1,1 bilhão – difusão, formação e capacitação em IA;
  • R$ 1,76 bilhão – IA para melhoria dos serviços públicos;
  • R$ 13,79 bilhões – IA para inovação empresarial;
  • R$ 103,25 milhões – apoio ao processo regulatório e de governança da IA.

Principais diretrizes

O PBIA está estruturado em torno de quatro pilares principais:

  1. Inovação e Pesquisa: Estímulo à pesquisa científica e ao desenvolvimento de tecnologias de IA. Isso inclui o financiamento de projetos inovadores e a criação de centros de excelência em inteligência artificial em universidades e institutos de pesquisa.
  2. Capacitação e Educação: Implementação de programas educacionais voltados para a formação de profissionais qualificados em IA. O plano prevê a inclusão de disciplinas de IA no currículo escolar e universitário, além de cursos de capacitação para trabalhadores.
  3. Ética e Regulação: Desenvolvimento de um marco regulatório que assegure o uso ético e responsável da inteligência artificial no país. O governo destacou a necessidade de proteger os direitos dos cidadãos e garantir a transparência no uso de tecnologias de IA.
  4. Desenvolvimento Econômico e Social: Promoção do uso de IA em setores estratégicos da economia brasileira, como agricultura, indústria, serviços e administração pública. O plano prevê incentivos fiscais para empresas que investirem em tecnologias de IA, além de parcerias público-privadas.

Impacto esperado e repercussão

O lançamento do PBIA foi recebido com otimismo por diversos setores da sociedade. Especialistas destacam que o plano tem o potencial de transformar a economia brasileira, aumentando a produtividade e a competitividade do país no cenário internacional. A expectativa é que a IA possa gerar novos empregos, melhorar a qualidade dos serviços públicos e contribuir para a sustentabilidade ambiental.

No entanto, alguns analistas apontam desafios significativos, como a necessidade de infraestrutura tecnológica adequada e a superação de barreiras educacionais e sociais. A inclusão digital e a redução das desigualdades no acesso à tecnologia são vistos como cruciais para o sucesso do plano.

Próximos passos

O governo anunciou que, nos próximos meses, serão realizadas consultas públicas e encontros com representantes de diversos setores para a formulação detalhada das ações do PBIA. Além disso, está prevista a criação de um comitê interministerial para coordenar a implementação do plano e monitorar seus resultados.

A comunidade internacional também está atenta aos desdobramentos do plano, especialmente no contexto das relações entre o Brasil e outros países que estão na vanguarda do desenvolvimento de IA, como Estados Unidos, China e União Europeia.

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