A representação feminina nos esportes eletrônicos (eSports) fizeram e fazem o cenário ser gigante. No Free Fire (FF) a presença de mulheres em times nas principais competições é mais comum do que em outras modalidades, como o League of Legends (LoL).
O Pichau Arena começou a produzir matérias focadas em relembrar a presença feminina no cenário gamer em março, o “Minas no LoL”, com o competitivo de LoL. Relembre momentos marcantes de jogadoras no competitivo de Free Fire.
Mulheres na Liga Brasileira de Free Fire (LBFF)
Tami, a primeira mulher a ser campeã da LBFF
Em 2020, Tamires “Tami” Santos fez história no principal torneio do battle royale, se tornando a primeira mulher campeã do campeonato. Na ocasião, a jogadora representava a SS e-Sports, vencedora da Série A da liga.
Tami estava na line-up desde a disputa da Série C, durante o primeiro split de 2020, quando também era capitã. Com a reformulação do time para a primeira divisão, Tami perdeu espaço e participou apenas de seis quedas, além de ter ficado de fora da final. Porém, a situação não apaga o momento marcante e a grande trajetória da jogadora pela equipe.
Croft, a primeira coach da LBFF
Apesar do cenário ainda ser majoritariamente masculino, as mulheres conseguiram construir seus espaços também entre os staffs. Luiza “Croft” Trindade se destacou em 2021 por ser a única mulher coach entre a elite da LBFF.
Durante a quinta temporada, Croft subiu com a Team CodaSolid para a Série A e mostrou um desempenho satisfatório, garantindo a classificação para a final. Na ocasião, ela ainda concorreu na categoria de melhor coach, terminando em terceiro lugar, atrás apenas de Luiz “K9” Alberto do Fluxo e Ítalo “Stark” Barros da Vivo Keyd.
Em seu trabalho para elevar a Team Solid para a elite, a técnica também soube como mostrar resultados. O time se destacou pela regularidade na segunda divisão, se mantendo firme no topo da tabela até o fim.
Porém, em agosto de 2021, Croft anunciou sua saída da posição. Atualmente, compõe o time de casters da LBFF.
Debbs e Ldiaas titulares da Xis
Apesar de estarem presentes entre as line-ups, ainda é difícil para que mulheres consigam jogar no time principal da primeira divisão, como ocorreu com Tami da SS e-Sports. Mas a Xis, anteriormente conhecida como Equipe X e Xisde, seguiu o caminho contrário e não mexeu em seu elenco, as jogadores Deborah “Debbs” e Lucyana “Ldiaas” que fizeram parte da campanha na Série B jogaram as quedas entre a elite.
Porém, meses depois, Ldiaas se afastou por motivos pessoais, enquanto Debbs permaneceu em sua posição até janeiro de 2022, quando anunciou sua aposentadoria do competitivo.
Cenário Emulador
Times femininos no Emulador
No emulador o espaço feminino cresceu e muitas organizações possuem suas próprias equipes formadas totalmente por mulheres. Começando pela FURIA, uma das principais organizações de esportes eletrônicos do Brasil, apresentou a BLACK em 2021, que a representa em torneios emuladores, entre eles a Liga NFA, principal competição da modalidade. Recentemente, o time foi vencedor do CPN Delas, torneio organizado por Bruno “Nobru” Goes, do Fluxo.
Outras organizações possuem suas próprias lines, como a Black Dragons, TG Gamers, Tropa, Rensga, Dollars e, recentemente, o Fluxo também apresentou o seu primeiro time feminino. “As Crias” foi anunciado em abril, composto por Lívia “Lívia“, Lara “LaraX“, Laura “Deusa” e Melissa “Whisky“.
Campeonatos femininos
A Liga Talents está entre os torneios de destaque, sua última edição foi em novembro de 2021, com vitória da BDL. A Liga NFA é o principal torneio emulador, apesar aceitar times mistos ou totalmente femininos, como o caso da BLACK, a competição também possui a edição voltada apenas para mulheres, a última foi marcada pela vitória da Medellin.
Recentemente, a CPN (Copa Nobru) também aderiu a uma edição feminina, com o CPN Delas, comandado por Alessandra “Ale Maze” Tramontini , influenciadora do Fluxo.
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