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Isabelle “isaB” Christine: Uma jornada além do CS:GO

A indústria dos esportes eletrônicos continua a crescer e evoluir, proporcionando oportunidades únicas para jogadores e profissionais de várias áreas. Entre as histórias de sucesso e transformação, destaca-se a trajetória da ex-jogadora profissional de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), Isabelle “isaB” Christine, que encontrou uma nova paixão como preparadora física.

Despertando a paixão pelos jogos

Isabelle Christine, uma história de paixão pelos jogos eletrônicos que transcende gerações. A jornada no mundo dos games começou há décadas. No final dos anos 90, isaB mergulhou em títulos icônicos como Duke Nukem e Quake, tudo graças ao pai, que, já familiarizado com computadores, abriu as portas para o universo fascinante.

“Comecei a jogar entre 99 e 2000, Duke Nukem e Quake. Meu pai já mexia em computadores nessa época, então a gente tinha um computador na casa dos meus avós. Ele me ensinou a jogar esses jogos, e logo depois, o CS em 2001. Comecei a gostar de jogar e frequentar lan houses lá por volta de 2005 e 2006.”

Reprodução/Instagram

Da diversão à profissão

Enquanto passava as tardes nas lan houses, Isabelle construiu conexões com jogadores de todos os cantos. Os laços fortaleceram sua determinação em competir e abriram portas para uma nova fase em sua jornada.

Reprodução/Instagram

“Quando eu jogava online nas lan houses, comecei a fazer amizade com várias pessoas online, meninas e meninos. E aí ouvia falar que tinha os campeonatos online. Numa dessas, montei um time com umas amigas e comecei a disputar. Algumas vezes joguei em times mistos também, para não ficar de fora dos campeonatos que a lan house organizava.”

 

Com uma trajetória repleta de desafios e paixão pelo mundo dos jogos, a ex-jogadora encontrou um lugar brilhante no cenário competitivo de Counter-Strike. Já tendo jogado por diversas equipe, sua jornada foi marcada por momentos inesquecíveis e conexões profundas.

“Joguei por diversos times, mas a sX me marcou muito no começo, pois foi meu primeiro time profissional pós era do Counter-Strike 1.6 e início do Counter-Strike Global Offensive. A revoltz me marcou, pois foi meu primeiro salário como jogadora profissional (mesmo que ainda baixo), mas eu tenho um carinho muito grande pela Team Wild e New Eagles. Foram épocas que eu me divertia jogando, mesmo tendo 2 empregos (às vezes até 3). Nunca vou me esquecer de quando joguei nesses times, principalmente a época da New Eagles, onde éramos muito amigas e todas muito unidas.”

Laços que transcendem

Em meio à intensa jornada no cenário competitivo, é impossível evitar o encontro com inúmeras personalidades. No entanto, há aquelas que deixam um rastro profundo na trajetória. Para a profissional, algumas dessas pessoas especiais tiveram um impacto significativo em sua vida e carreira.

Reprodução/Instagram

“Eu conheci muita gente do cenário. Muita gente mesmo. Mas as pessoas que mais me marcaram nessa época foram a Olga, Nara, Santininha, Anabala, Misty, Cellax, Rntt, Bibiah, Teh, Lua. Eu realmente criei amizade com elas, e torço muito por elas até hoje (algumas já pararam de competir, e outras mudaram de jogo). Mas eu também tive passagem em um time universitário, onde eu me divertia bastante também. Joguei ligas onde fui a primeira mulher a competir CS:GO universitário no Brasil.”

Os desafios por trás dos servidores

Por trás dos momentos emocionantes no cenário competitivo, a vida como atleta de CS:GO exigia um verdadeiro equilíbrio. Com determinação incansável, a jogadora navegava entre três empregos desafiadores enquanto também buscava o diploma em Educação Física.

Reprodução/Twitter

 

“Sem dúvidas, quando eu tinha 3 empregos (contando com o CS:GO), eu fazia faculdade de Educação Física. Era garçonete de um restaurante, auxiliar técnica de basquete em um clube e jogadora profissional de CS:GO. Nessa época, eu tinha que lidar com tudo isso. Dormia mal, comia mal e foi um dos motivos de ter que parar de jogar profissionalmente.”

 

 

Por anos, IsaB dedicou sua vida à competição, mergulhando de cabeça no mundo dos eSports. As horas passadas diante do computador, lutando pela vitória, eram repletas de emoção e adrenalina. No entanto, chegou um momento em que ela se viu diante de uma escolha difícil mas decidiu seguir seu coração em busca de um novo desafio.

“Foi difícil. Senti muito, pois eu realmente gostava de competir. Mas foi necessário parar. Moro sozinha há mais de uma década e tive que escolher entre o estágio na minha área ou continuar jogando e largar a faculdade.”

Novos horizontes

A busca por um novo desafio levou Isabelle a uma jornada repleta de obstáculos superados e conquistas notáveis. A paixão permitiu abraçar o desconhecido e encontrar um caminho recompensador.

“É gratificante saber que eu faço a diferença no dia a dia de um jogador. Saber que estou ali ajudando, e eles percebem isso. Sabem que eu e a Bia Flores (fisioterapeuta), estamos ali para poder dar uma melhor qualidade de vida, e ajudar na melhoria de performance. É muito gratificante ouvir que gostaram da minha aula, e que se sentem melhores depois de fazer atividades físicas.” 

Reprodução/Twitter

Isabelle, atualmente, é preparadora física em uma das principais organizações brasileiras de eSports, a FURIA. Desempenhando um papel crucial, garantindo que o jogadores alcancem seu potencial máximo.“Eu realmente sou muito feliz estando ali, por trás. Em nenhum momento desde que virei preparadora física achei que queria voltar a competir. Eu já tive essa fase, e ela passou. Me sinto realizada vendo meus alunos e alunas jogando (geralmente assisto os campeonatos de todas as modalidades). Eu fico feliz de poder ajudar sendo STAFF.”

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