A música é considerada uma forma de arte que combina ritmos e sons, capaz de unir pessoas e destoar sentimentos em quem aprecia a arte.
Não sendo diferente dos games, que também são arte, o que será que acontece quando estes dois mundos apaixonantes se unem? E, se formos mais além?
Pensando em convidar comunidades de eSports a dividirem suas emoções com canções? Sepramos os momentos mais memoráveis dos dois mundos em um único lugar, confira:
Travis Scott no Fortnite
Em 2020, cerca de 27,7 milhões de jogadores da comunidade de Fortnite tiveram a oportunidade de vivenciar um show da estrela mundial Travis Scott.
O artista americano – que tem filme no Netflix e abriu o Super Bowl 2019 – lançou uma música durante sua apresentação virtual Astronomical, ganhou skins, gestos, ícones e até itens gratuitos para players que participassem do evento no Battle Royale.
Além disso, Scott pode inserir referências da capa de seu álbum Astroworld, com o famoso e tão importante parque homônimo para o produtor e cantor.
CBLoL 2018: Tá achando que tá na Disney?
Os fãs de League of Legends também são agraciados com músicas que remetem ao jogo. Tanto no Brasil, quanto na gringa.
Um exemplo disso é a final do segundo split do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) de 2018, em que a KaBuM! e-Sports foi campeã por 3 a 2 em cima do Flamengo eSports no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre.
O rapper brasileiro Emicida compôs “Disseram que era só um joguinho” inspirada no universo do MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) e a apresentou na final de 2018.
Com diversas referências à comunidade do jogo, tais como “Tá achando que tá na Disney?” e “Então rexpeita o nível de gameplay”, a música repercutiu de forma positiva e rápida entre a comunidade.
TheFatRat e a ESL
Em 2017, todos os fãs de Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) ficaram com Fly Away do TheFatRat grudada na cabeça. Isso aconteceu porque ela foi a música escolhida para para tocar em todos intervalos de jogos do major do ano, a ESL ONE Cologne, que consagrou os brasileiros da SK Gaming bicampeões.
Além disso, o DJ alemão é quase um patrimônio histórico da ESL por conta de integrar diversas cerimônias de abertura de finais não apenas do FPS (First Person Shooter), mas também de DOTA 2, em 2018.
As finais de ESL One Hamburg 2017 e de 2019 de CS:GO, por exemplo, receberam a presença do artista.
LoL: Pentakill no Allianz Park
Em 2015, a Riot Games investiu mais do que Yasuo no bronze na abertura do CBLoL do Allianz Park. A abertura da vitória da paiN Gaming em cima da INTZ eSports.
No segundo split, contou com jogadores da comunidade cantando a música tema de Draven, banda, orquestra e, percussão ao vivo reproduzindo o tema de Amumu e Gnar.
Além disso, a banda de metal Pentakill – formada pelo próprios personagens do game – tocou seus maiores sucessos para os mais de 12 mil fãs espalhados pelo estádio.
O viral real: Ez 4 ENCE
Em 2019, o The Verkkars compôs uma canção para os finlandeses da ENCE e rapidamente viralizou entre a comunidade do FPS da Valve. A música, que tem até videoclipe e foi top hit na Finlândia, tocou enquanto a equpe entrou no palco do IEM Katowice Major.
Lançada especificamente em um ano muito bom para a equipe em termos de resultados em torneios em que a line-up teve três campeonatos vencidos, o Minor de CS:GO de Katowice, a BLAST Pro Series e o Telia eSports.
Além disso, também garantiram dois vice-campeonatos em torneios grandes, tais como a IEM e a DreamHack.
Far From Alaska no CBLOL
Em 2019, o CBLoL trouxe brasileiros novamente para a cerimônia final da segunda etapa do torneio nacional. Antes da série melhor de cinco entre INTZ eSports e Flamengo eSports, em que os rubro-negros levaram o prêmio de R$ 70 mil reais para casa após um 3 x 2, o Far From Alaska agitou o palco do campeonato.
A banda formada em Natal (Rio Grande do Norte), Far From Alaska, existe desde 2012, já se apresentou no Lollapalooza Brasil e lançou músicas com a banda Fresno.
No CBLoL, performou a música “How Bad Do You Want It?”, que foi lançada especialmente por conta do campeonato. A música, que mistura letras escritas em português e inglês, teve popularidade alta e poucas críticas vindas da exigente comunidade brasileira de LoL.
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Matéria publicada por Siouxsie Rigueiras no extinto START UOL