O cenário competitivo de League of Legends (LoL) no Brasil começou a existir em 2012, o mesmo ano em que o game da Riot Games criava servidores locais. Até então, era difícil conseguir jogar com um bom desempenho com uma latência tão alta, isso por conta de utilizar um servidor estrangeiro; imagine que competir em alto nível seria praticamente impossível sem investimento no país.
O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) se desenvolveu muito rápido na última década e tornou-se um dos exemplos de como os esportes eletrônicos (eSports) são um cenário emergente dos games e até mesmo do mercado no geral. Mas, afinal, o que o sistema de franquias tem a ver com essa ascensão emergente do cenário de LoL aqui no Brasil?
Pensando em exemplificar sua funcionalidade e explicar os impactos de sua aplicabilidade na prática, separamos as principais diferenças dos prós e contras do sistema de acordo com a Betway. Confira:
O CBLOL pré sistema de franquias
O sistema de franquias chegou oficialmente ao cenário competitivo brasileiro em 2021, porém o público e as organizações que disputavam pelo campeonato regional mais importante de LoL ficaram sabendo das mudanças no início de 2020, ou seja, quase um ano antes do novo sistema começar a vigorar em solo brasileiro.
Muitos estranharam um aviso realizado tanto tempo antes de fato ocorrer, mas, a partir do momento em que a Riot Games começou a explicar as mudanças e os impactos irreparáveis do cenário, o público entendeu que o CBLOL estava sendo elevado a um outro nível.
Desta vez, era mais um aviso de que o competitivo estava se profissionalizando de uma vez por todas e de forma extremamente efetiva.
Não que o cenário não fosse profissionalizado e que organizações não se preocupassem com seus integrantes, mas, muito ainda havia a ser mudado para a própria sobrevivência do campeonato.
Antes do sistema de franquias ser adotado no CBLOL, existiam duas competições oficiais por parte da Riot Games no LoL, sendo a série de elite também conhecida como série A, que era o próprio CBLOL, e a série B, que seria um torneio oficial, mas com jogadores menos profissionalizados e em começo de carreira, era representada pelo famigerado Circuito Desafiante (CD).
O Circuito Desafiante
O CD era uma competição extremamente querida entre a comunidade, que compartilhava muitos memes das partidas que ocorriam em dias diferentes do CBLOL, sendo realizadas no meio da semana durante o período da noite.
Com um perfil de casters totalmente irreverente e que levava o humor de uma forma leve ao espectador, o fim do CD marcou uma era para o competitivo de LoL no Brasil, deixando muitos fãs órfãos do tipo de conteúdo que era feito.
Isso porque o clima do CBLOL era bem mais sério apesar das brincadeiras que aconteciam durante as transmissões.
É de se considerar que o tom de seriedade era muito mais presente desde as análises, até mesmo na apresentação e narração dos embates em Summoner’s Rift, justamente por apresentar um cenário em que os jogadores e equipes eram considerados mais profissionais de fato.
Formato anterior ao sistema
Antigamente, uma organização poderia comprar vagas dentro de ambos torneios. Obviamente que os valores do CBLOL eram mais elevados do que os do CD, tanto por causa do valor de premiação do torneio, quanto a exposição na mídia.
Quem competia no CBLOL só era rebaixado do torneio caso ficasse em último lugar na tabela. O penúltimo lugar ainda contava com a vantagem de jogar o Relegation, uma série melhor de cinco partidas que definia se a segunda melhor equipe do CD subia para o CBLOL ou, então, uma das piores colocadas no campeonato de elite, acabava caindo para a série B do LoL brasileiro.
Já o primeiro lugar do CD, automaticamente avançava para o torneio de elite do game, garantindo melhores condições de permanecer no cenário por conta de valores de premiação e até novas oportunidades de patrocínio.
Vale lembrar que qualquer organização era possibilitada de jogar o CD se inscrevendo para as fases qualificatórias do campeonato.
Novo formato
O sistema de franquias já era algo bem conhecido não apenas entre os fãs de LoL, mas entre os apaixonados por esportes no geral, estando presente em diversas outras competições como um sistema de ligas.
Especificamente no LoL, a região americana e chinesa foram as primeiras a aderir ao sistema, seguida dos torneios realizados na Europa e Turquia.
Por conta das franquias serem consideradas ligas independentes, as pessoas que participam do torneio – no caso, representando as organizações – acabam se tornando donas do negócio, sendo avaliadas para compra por meio de um plano de negócios que é apresentado à Riot Games e, caso seja aprovado, o time passa a participar do torneio.
No CBLOL especificamente, a aplicabilidade custa R$4 milhões que são divididos em três vezes durante o ano.
Uma das coisas extremamente positivas ao adotar o sistema, é que não existirá rebaixamento, apenas uma série focada em descobrir novos talentos, que é o CBLOL Academy, realizando um trabalho de base efetivo.
Isso ajuda times a evitarem problemas financeiros, trazendo uma certa estabilidade econômica que afeta diretamente o investimento em pro players de uma forma mais assertiva. Além disso, os profissionais agora possuem um piso salarial que antigamente era inexistente.
Algumas equipes que competiram o CD, por exemplo, chegaram a receber um salário de apenas R$500, sem nenhum tipo de direito trabalhista. O
planejamento da desenvolvedora estimava que em 2022 a base dos jogadores profissionais seria de R$3 mil, ou seja, garantindo mais estabilidade e confiabilidade para quem quer seguir em uma carreira de pro player.
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