Nesta semana (01), a França anunciou o banimento das palavras “eSports” e “streamer” de documentações oficiais do país. A redação da Pichau Arena conversou com o pro player e influenciador Hugo “Dioud” Padioleau sobre como a medida pode refletir na comunidade.
O francês mais brasileiro dos eSports é uma das personalidades presentes no competitivo de League of Legends (LoL) desde 2012, porém, em equipes francesas. Jogou pela LDLC OL, a antiga Against All Authority (aAa) e a extinta Millenium, todas localizadas na França e atuando pela região europeia da modalidade.
Antes mesmo de jogar o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) pela paiN Gaming em 2015, ano que chegou ao Brasil, também representou organizações da Bélgica e Espanha. Ou seja, Dioud entende de diversidade nos eSports ao atuar em diferentes países.
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Tendo nascido em solo francês, o profissional falou sobre o ensino frânces e diz acreditar que a comunidade não adotará os novos termos “jeu video de competition” e “joueur-animateur en direct“.
“[A comunidade] Não [irá adotar]. A riqueza do jogo online é tambem ter a possibilidade de aprender outras linguas sem realmente perceber. Eu aprendi uma lingua com video games: inglês. A escola só me ajudou em avaliar meu nivel sendo melhor que 95% das pessoas da minha turma na época”.
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Para o suporte, existem mais palavras em inglês muito utilizadas em seu país de origem além de termos dos eSports.
“Se eles querem tirar palavras inglês, partiu tirar: weekend, cool, camping, crash, design, sniper, fun, exit e etc…A lingua francesa é cheia dessas palavras ingles. Então, eu não me preocupo não [com a mudança]”.
“Pureza do idioma”
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Um dos “motivos” da substituição oficial das palavras, seria para “preservar a pureza do idioma”. Dioud mora no Brasil desde início de 2015, entende como os brasileiros misturam linguagens e falou sobre a medida de forma humorada.
“Sendo completamente sinceiro, eu não entendi muito bem onde eles estão querendo ir com esse tipo de coisa. O francês usa muito termos ingles no dia a dia. […] A pessoa que criou essa lei deve ter tempo demais de disponivel”.
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A redação questionou se o bicampeão pretente utilizar os novos termos em suas publicações e lives e a resposta foi a mais brasileira possível.
“Vai fazer sete anos que eu não uso o francês durante minhas lives ou na minhas publicações. Então, estou tranquilo com isso (risos)”.
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