Para a Beyond Gaming, que havia recém saído de uma vitória com direito a virada em cima da equipe Galatasaray Esports, os resultados pareciam estar se encaminhando.
Classificada para a última série qualificatória do Play-In, que garantia uma vaga para a Fase de Grupos, a equipe do atirador Chiu “Doggo” parecia estar em um bom momento.
Na noite de ontem, porém, foi divulgado que o midlaner da equipe, o atleta Chien “Maoan”, estava vazando informações sobre os campeões que iria jogar a um amigo, com a intenção de auxiliá-lo a apostar corretamente em sites de aposta.
Por ferir o regulamento da Riot Games, que proíbe todo e qualquer envolvimento dos atletas e membros das organizações com apostas financeiras relacionadas aos torneios, o jogador foi punido e suspenso para o restante da competição, horas antes de uma partida decisiva para a sua equipe.
A solução encontrada por sua equipe foi preencher a posição do meio com o toplaner reserva, o jogador Hsieh “PK”, para a série contra a Hanwha Life.
Mesmo após o ocorrido, a equipe taiwanesa demonstrou presença durante as partidas. Com um bom início da fase de rotas em todos os três jogos, a equipe apresentou proatividade e boa tomada de iniciativas – mas não foi o suficiente para parar o time de Chovy.
E, em meio ao caos, os jogadores aparentaram estarem satisfeitos com suas escolhas. Em entrevista para a Pichau Arena, o suporte da Beyond Gaming, Chu “Kino” comentou que a equipe teve dificuldades em frear a força dos rivais, especialmente do midlaner inimigo – que consideram a maior ameaça.
Questionado sobre a decisão do time de deixar o caçador rival, que estava focado em atrapalhar especialmente a fase inicial de rotas – ponto forte de seu time – jogar com seu campeão de preferência, ele respondeu que não sentiam que o caçador era uma força tão dominante se deixado sozinho.
“Nosso pensamento principal era focar em remover a dominância de Chovy, jogador da rota do meio, e acreditamos que o Lee Sin rival só aparecia com bastante presença graças à atuação do midlaner”.
Ele também acrescentou que sentiu bastante diferença pela forma agressiva com a qual os times jogam no Mundial. “Na minha região, estamos acostumados a empurrar a lane de forma agressiva a cada três ou quatro minutos – mas, aqui, isso acontece em um intervalo de no máximo dois minutos”, disse o suporte.
O jogador disse, também, não ter tido tantas scrims (treinos) positivos antes do evento começar, afirmando que sentiu bastante diferença de habilidade entre eles e os times com quem treinaram, sem especificar um em específico. De acordo com ele, o período de treinos foi inteiramente focado em formas de melhorar e se atualizar diante dos demais, que tinham match-ups melhores.
Por conta disso, Kino diz acreditar que a melhor escolha para eles foi ter montado uma composição com campeões que podem fazer a linha de frente com facilidade – em todas as rotas. O elenco formado por campeões com capacidade de aguentar bastante dano permite com que levem o jogo por mais tempo, mesmo sem terem garantido vantagem em trocas e habilidades mecânicas – o que, para ele, é o principal problema dos campeões de mobilidade e magos.
Sorrindo a todo momento após encerrar sua primeira participação no Mundial de League of Legends o suporte disse estar grato pela experiência e que, assim como o time, irá levar os aprendizados de outras regiões para aprimorar seu próprio jogo.