A maior campeã do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) com cinco títulos na história, a INTZ vive um declínio no campeonato. Alguns torcedores se afastaram, o clube já não é mais tão atraente e existem muitos problemas nos bastidores. Como explicar a queda de relevância de uma das maiores organizações de esportes eletrônicos no Brasil?
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Neste artigo, a Pichau Arena fará um levantamento da participação dos intrépidos nas últimas edições de CBLOL, visto que a última conquista do clube foi lá em 2020. Desde então, há uma coletânea de maus resultados e decisões administrativas ruins no ponto de vista do público.
A história da INTZ no CBLOL
Criada em julho de 2014, já são dez anos da organização presente nos esportes eletrônicos. Já no segundo split do torneio nacional de League of Legends, no mesmo ano, conseguiu chegar às quartas de final, porém foram derrotados pela paiN Gaming.
No ano seguinte, trocaram Thiago “Djoko” Maia, por Gabriel “Revolta” Henud, que já havia atuado pela extinta CNB e-Sports (CNB) e pela Vivo Keyd Stars (VKS). Com a mudança, a INTZ conquistou o primeiro título de CBLOL no início de 2015 e de cara chegaram às finais do International Wildcard Invitational.
Já em 2016, trouxeram o treinador britânico Peter Dun e de lá pra cá é só história. Venceram os dois títulos nacionais no ano e na segunda metade, conquistaram o Wildcard Qualifier, garantindo sua vaga ao Campeonato Mundial desse ano.
No Mundial, a INTZ chama a atenção internacionalmente ao vencer a campeã chinesa e favorita ao título Edward Gaming (EDG) em seu primeiro jogo no campeonato. O confronto ficou lembrado pelas atuações de Revolta e Felipe “Yang” Zhao – que inclusive, foi eleito o melhor da partida.
Depois disso, a organização teve outros ótimos momentos, como os títulos conquistados em 2019 (em cima do Flamengo Esports, por 3-2) e o de 2020, em que venceram a paiN Gaming e tornaram-se os únicos com cinco títulos de CBLOL na conta.
Início dos problemas
Após a Riot Games anunciar que o CBLOL passaria a ser uma liga com times na forma de franquias (ou seja, com vagas permanentes), a INTZ é aceita pela desenvolvedora para preencher uma dessas vagas, em que é dona até este momento.
Porém, a equipe reformularia quase toda a sua escalação, apostando em jogadores novatos e não conseguindo chegar nas eliminatórias da primeira e segunda etapa. Em 2022, os intrépidos amargaram as últimas posições nas duas etapas.
Enfim chegou 2023, e a INTZ investiu forte no CBLOL, trouxeram dois sul-coreanos para formar o elenco: o top laner Kwon “Zzk” Hee-won e o suporte Woo “Nia” Jun-sung. O caminho parecia legal para a equipe, porém ficaram com a sétima posição e de fora dos playoffs mais uma vez.
No segundo split, com mais tempo de casa para os coreanos, um elenco mais adaptado e entrosado, as coisas fluíram de uma melhor forma. Os intrépidos conseguiram alcançar a quarta colocação na fase de grupos, avançaram aos playoffs, mas acabaram caindo nas semifinais da chave inferior.
Parecia que de certa forma, a organização teria conseguido achar um caminho a seguir. Mas, para 2024, reformularam boa parte do time e trouxeram jogadores promissores para o lugar. Com cinco derrotas e apenas uma vitória, a INTZ começou o CBLOL deste ano com o pé esquerdo, mais uma vez.
Críticas à gestão do clube
Recentemente, durante o programa Ilha das Lendas, a gestão de League of Legends dos intrépidos foi duramente criticada pelo ex-jogador Filipe “Ranger” Brombilla, que chegou a adjetivar a administração como “patética”.
🚨 Ranger JANTOU o planejamento da INTZ.
Para o GOAT, Lucas Simon é nota 5 nas cartinhas. pic.twitter.com/gfH8MUyCR7
— Ilha das Lendas 🏝️ (@ilhadaslendas) February 6, 2024
Segundo o ex-caçador do CBLOL, a montagem do elenco da INTZ “faltando três dias” para o campeonato começar, é um erro crasso de planejamento. Pois, na visão do comentarista do atualmente comentarista do programa, faltou um direcionamento claro do que fazer neste ano.