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TSMC e Samsung avaliam investimentos bilionários em fábricas de semicondutores no Oriente Médio

Empresas visam expandir sua presença global e diversificar a produção

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De acordo com uma publicação do TechPowerUp da última segunda-feira (23), a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e a Samsung estão considerando uma expansão no Oriente Médio.

As empresas estão em negociações para construir instalações de produção de semicondutores na região, em um projeto que pode chegar a mais de US$100 bilhões, cerca de R$546 bilhões na cotação atual, de acordo com fontes da indústria. A potencial construção dessas fábricas marca uma nova estratégia para diversificar as operações globais e garantir maior segurança na cadeia de suprimentos.

O Oriente Médio pode parecer uma escolha inesperada para grandes fábricas de semicondutores, uma vez que a região é tradicionalmente associada à produção de petróleo e gás. No entanto, a área tem demonstrado crescente interesse em se diversificar para a tecnologia de ponta, principalmente com a transformação digital já em andamento em países como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.

Tais nações possuem bastante capital para investir e estão promovendo iniciativas para atrair empresas de tecnologia, oferecendo incentivos fiscais e infraestrutura de ponta.

TSMC
Imagem: TSMC/Reprodução

Além disso, o Oriente Médio tem uma localização geográfica estratégica, permitindo fácil acesso à Europa, Ásia e África. A construção de fábricas de semicondutores nessa região também poderia ajudar a aliviar a dependência de TSMC e Samsung de suas fábricas na Ásia, principalmente em Taiwan e na Coreia do Sul, que estão sob crescente pressão geopolítica.

A proposta de TSMC e Samsung de estabelecer fábricas nessa região faz parte de um esforço maior para diversificar a produção de semicondutores e reduzir os riscos geopolíticos. A crescente tensão entre China e Taiwan e a vulnerabilidade da Coreia do Sul aos conflitos regionais têm aumentado a necessidade de descentralizar a fabricação de chips.

No mais, com a escassez global de semicondutores, que começou durante a pandemia de COVID-19, ficou claro que depender de poucas regiões para a produção de chips pode ser arriscado. Ao investir no Oriente Médio, as empresas buscam mitigar esses riscos, garantindo maior estabilidade e segurança para a indústria de semicondutores.

Desafios e potenciais

Embora o Oriente Médio ofereça inúmeras vantagens, a região ainda enfrenta desafios para se consolidar como um hub tecnológico. A escassez de mão de obra especializada no setor de semicondutores e as condições climáticas adversas podem ser obstáculos consideráveis. Entretanto, com o apoio governamental e uma forte base de investimentos, essas dificuldades podem ser superados.

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