De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware da última quinta-feira (17), a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), uma das maiores fabricantes de chips do mundo, anunciou que não tem interesse em adquirir as fábricas da Intel, mesmo com a pressão no setor de semicondutores para expandir a capacidade de produção.
A decisão reflete a estratégia da gigante taiwanesa em focar em seus próprios recursos e expandir suas operações de forma independente, em vez de incorporar as infraestruturas de outras empresas.
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A proposta da azulzinha, que enfrentou dificuldades recentes para competir com a TSMC em termos de liderança tecnológica e capacidade de produção, surgiu como uma tentativa de atrair compradores para suas fábricas. No entanto, a corporação asiática não vê valor estratégico em absorver essas instalações, preferindo investir em suas próprias fábricas e tecnologias de ponta.
A TSMC tem se destacado como a líder global na fabricação de chips avançados, com grande parte das maiores empresas de tecnologia, como Apple, AMD e NVIDIA, utilizando seus serviços. Por isso, a empresa acredita que a melhor maneira de manter sua liderança é continuar investindo em inovação e crescimento orgânico, ao invés de integrar as fábricas de uma concorrente direta que tem enfrentado dificuldades para manter o ritmo de produção nos últimos anos.
No mais, a TSMC está concentrada em expandir sua própria capacidade de produção globalmente, com investimentos pesados em novas fábricas em Taiwan, EUA e Europa. A abordagem, todavia, não inclui a aquisição de ativos de outras empresas, o que poderia complicar sua estratégia de crescimento contínuo e foco em tecnologias de última geração, como os processos de fabricação de 3nm e 2nm.
Estratégia da Intel
Por outro lado, a Intel tem lutado para se recuperar no mercado de fabricação de semicondutores, e vender suas fábricas poderia ser uma tentativa de diminuir suas perdas e focar em outras áreas de sua operação. Entretanto, sem o interesse da TSMC, a corporação comandada por Pat Gelsinger pode ter que procurar outras alternativas para otimizar suas operações ou buscar parcerias diferentes, mas a missão não é nada fácil, uma vez que são poucas as companhias que podem lidar com custos dessa proporção.