Conforme publicado pelo Tom’s Hardware nesta quinta-feira (07), em 2013, a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), já consolidada como um dos maiores nomes na fabricação de semicondutores, enfrentava o desafio de encontrar um sucessor para Morris Chang, fundador e então CEO.
Na época, Chang, que retornara ao comando da TSMC em 2009, estava moldando um plano de sucessão após impulsionar investimentos em infraestrutura e estabelecer a Apple como cliente principal. Uma das possibilidades era trazer um líder externo de renome, e Jensen Huang, cofundador e CEO da NVIDIA, era um dos principais candidatos.
- NVIDIA lança cursos gratuitos: Veja como expandir suas habilidades em IA e computação
- NVIDIA pode revelar GPUs RTX 50 em breve: Teaser antes da CES 2025?
O cenário de 2013: TSMC e a busca por uma liderança de futuro
A escolha de Chang não foi acidental. Em 2013, a NVIDIA já era uma força dominante no mercado de GPUs, controlando 60% do setor e começando a expandir para data centers, smartphones e eletrônicos de consumo. Mesmo que a verdinha ainda estivesse longe de se tornar a gigante de IA que é hoje, Huang já demonstrava visão estratégica e uma capacidade única de transformar inovações em vantagens competitivas.
A liderança de Huang parecia promissora para a TSMC, pois ele poderia conduzir a empresa a novos patamares em um mercado altamente competitivo e em rápida transformação.
Chang, então com 82 anos, enfrentava uma difícil decisão: nomear um líder interno ou apostar em uma visão externa e, possivelmente, revolucionária. A alternativa interna, contudo, gerava inseguranças, já que Chang havia precisado fazer mudanças na liderança após desafios no desenvolvimento de novas tecnologias, como o processo de fabricação de 40nm.
Por que Jensen Huang rejeitou a oferta
Jensen Huang decidiu permanecer na NVIDIA, uma escolha que, retrospectivamente, moldou o mercado de semicondutores e inteligência artificial. Sob sua liderança, o time verde avançou no desenvolvimento de hardware para IA e tornou-se a empresa mais valiosa do mundo em capitalização de mercado.
Huang transformou a marca em uma líder na revolução da inteligência artificial, sendo hoje um dos nomes mais relevantes do setor.
Enquanto isso, a TSMC seguiu um caminho diferente. Morris Chang escolheu C.C. Wei e Mark Liu para liderarem como co-CEOs em um sistema de “dupla liderança”. A escolha ajudou a gigante taiwanesa a evoluir e, em 2018, quando Chang se aposentou, Mark Liu tornou-se presidente do conselho e Wei assumiu o papel de CEO.
Os rumos de TSMC e NVIDIA hoje
Em 2023, Mark Liu deixou a TSMC para focar em sua vida pessoal, e C.C. Wei assumiu a presidência e a chefia executiva, enfrentando agora desafios estratégicos em um cenário de tensões geopolíticas. Huang, por sua vez, lidera a NVIDIA em um delicado equilíbrio entre EUA e China, buscando atender clientes chineses enquanto se adequa a restrições norte-americanas.