De acordo com uma publicação do The Verge da última quarta-feira (27), a Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos lançou uma ampla investigação antitruste sobre a Microsoft, focando principalmente em suas práticas no mercado de computação em nuvem, licenciamento de software e inteligência artificial.
A medida não é nova, e ressurge em meio a preocupações sobre possíveis abusos de poder de mercado pela gigante tecnológica, que poderiam estar prejudicando a concorrência.
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Foco da investigação
O centro da investigação está na maneira como a Microsoft integra seus serviços de produtividade, como o Office 365, com sua plataforma de nuvem Azure.
A FTC examina acusações de que a empresa dificulta a interoperabilidade de seus produtos com serviços de nuvem rivais, além de cobrar taxas elevadas para clientes que optam por deixar sua plataforma. Além disso, o uso estratégico de pacotes que combinam software e infraestrutura em nuvem também é alvo de análises.
Outro ponto crítico é a utilização do Azure em contratos governamentais e sua posição dominante em soluções de autenticação e segurança cibernética, como o Microsoft Entra ID. Assim, a FTC busca determinar se essas práticas configuram um padrão de comportamento anticompetitivo que limita opções para consumidores e empresas concorrentes.
Impacto e contexto
A investigação traduz uma abordagem mais agressiva da FTC, sob a liderança de Lina Khan, para conter o poder das grandes empresas de tecnologia. Embora a dona do Windows tenha evitado muitas das pressões regulatórias que empresas como Meta, Google e Amazon enfrentaram nos últimos anos, o crescente foco na computação em nuvem e na inteligência artificial colocou a empresa novamente sob os holofotes do governo.
Por fim, o caso é visto como um teste importante para as políticas antitruste nos EUA, ainda mais em um momento em que a Microsoft aumenta bastante seus investimentos em infraestrutura de IA e nuvem para atender à demanda global por essas tecnologias.