Nesta terça-feira (25), a União Europeia (UE) acusou formalmente a Microsoft de violar as leis antitruste e, para embasar as acusações, divulgou um documento que mostra que a empresa vinculou ilegalmente o aplicativo de chamadas de áudio e vídeo Teams ao produto Office.
Deste modo, a corporação é denunciada por ter abusado das normas comuns de mercado, e a pena pode configurar uma multa pesada.
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A suspeita da UE começou no início da pandemia, e desde então a organização vem acompanhando as decisões tomadas pela Microsoft. Recentemente, a companhia incluiu seu app de ligações ao conjunto de seus softwares de produtividade, o Office 365 e o Microsoft 365, movimento que levou às acusações.
Vale lembrar, inclusive, que em 2020 o Slack abriu reclamações, e dois anos depois investigações foram abertas visando reunir dados e informações que provassem violações da gigante da tecnologia.
Com isso, a decisão da Microsoft de realizar tal ação por meio da exploração de uma brecha na lei pode custar caro: até 10% de toda arrecadação anual global da corporação, número que pode chegar à casa dos bilhões de dólares.
Além disso, outras sanções também podem ser aplicadas, caso a União Europeia conclua que são necessárias outras medidas para que a competitividade seja restaurada.
O que disse a União Europeia?
A organização econômica revela através do comunicado divulgado que vem monitorando a Microsoft desde 2019, ano em que o Teams passou a se destacar muito mais que seus concorrentes, como o Zoom.
“A Comissão se preocupa com o fato de que, desde ao menos abril de 2019, a Microsoft tem amarrado o Teams com seus principais aplicativos de produtividade SaaS, assim restringindo a competição de mercado para produtos de comunicação e colaboração e defendendo sua posição com softwares de produtividade e em modelos centrados em pacotes dos demais fornecedores concorrentes de softwares individuais“, publicou a UE.
Por fim, é importante destacar que em abril de 2024, a Microsoft retirou o Teams do Office 365 e também do Microsoft 365. No entanto, a União Europeia não considerou que a medida foi necessária, e que as leis mesmo assim foram violadas.