De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware da última segunda-feira (02), a Intel está se preparando para uma reunião de emergência de seu conselho administrativo que pode resultar em decisões que impactam diretamente no futuro da empresa.
Segundo informações recentes da Reuters, o CEO da corporação, Pat Gelsinger, apresentará planos que podem incluir cortes em áreas consideradas não essenciais, bem como a possível venda de ativos. Essa medida faz parte de um esforço maior para reestruturar a companhia e focar em negócios mais estratégicos para enfrentar desafios econômicos e competitivos.
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Entre os pontos discutidos na reunião, um dos mais importantes é a possível suspensão ou adiamento do projeto de uma nova planta de fabricação de semicondutores em Magdeburg, Alemanha, estimada em US$32 bilhões, quase R$180 bilhões na cotação atual.
A fábrica foi originalmente anunciada como parte de uma grande expansão da Intel na Europa, com o objetivo de aumentar a capacidade de fabricação de chips em meio a uma crise global de semicondutores. No entanto, o adiamento ou cancelamento desse projeto pode ser um reflexo das dificuldades econômicas que o time azul tem enfrentado.
Além disso, há rumores de que a corporação pode considerar a venda de sua divisão Altera, adquirida em 2015 por aproximadamente US$16,7 bilhões (R$94 bilhões). A Altera, que se especializa em Field Programmable Gate Arrays (FPGAs), tem sido parte da estratégia da Intel para diversificar seu portfólio de produtos e entrar em mercados de maior valor agregado, como data centers e inteligência artificial.
No entanto, se a divisão não estiver atendendo às expectativas financeiras da empresa, sua venda pode ser vista como uma maneira de liberar capital para outros investimentos estratégicos.
Impacto no futuro
Se as medidas propostas por Gelsinger forem aprovadas pelo conselho, a Intel poderá passar por uma reestruturação significativa nos próximos meses, que pode incluir não apenas a venda de ativos, mas também a redução de funcionários e a realocação de recursos para áreas mais estratégicas, como o desenvolvimento de tecnologias avançadas de fabricação de chips e novas arquiteturas de processadores.
Essa reestruturação também terá implicações importantes para o mercado de semicondutores como um todo. A suspensão do projeto em Magdeburg, por exemplo, poderia afetar a capacidade da azulzinha de competir globalmente, especialmente contra fabricantes asiáticos que têm expandido rapidamente sua capacidade de produção.