De acordo com uma publicação da Reuters da última terça-feira (26), os Estados Unidos finalizaram um pacote de subsídios no valor de US$7,86 bilhões, quase R$46 bilhões, para a Intel, a maior quantia já concedida no CHIPS and Science Act.
O objetivo do país é claro: impulsionar a produção doméstica de semicondutores e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, ainda mais em um momento de crescente competição global e tensões geopolíticas.
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Os recursos serão destinados à construção de novas fábricas de chips em quatro estados: Arizona, Ohio, Oregon e Novo México. O investimento é parte de um esforço maior do governo Biden, que alocou US$39 bilhões (R$227 bilhões) para fortalecer a manufatura doméstica de semicondutores. Além do subsídio direto, a Intel poderá acessar até US$11 bilhões (R$64 bilhões) em empréstimos para apoiar sua expansão industrial.
A Intel, maior fabricante de semicondutores com sede nos EUA, é considerada uma parceira estratégica para a segurança nacional e econômica do país. O subsídio é visto como um voto de confiança na capacidade da empresa de liderar o desenvolvimento de tecnologias críticas, como inteligência artificial e processamento avançado.
Impactos e desafios
A iniciativa deve criar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos, além de fortalecer a cadeia de suprimentos nacional. Contudo, a azulzinha enfrenta alguns desafios significativos. Apesar dos altos investimentos, a empresa luta com margens reduzidas em seus segmentos de PCs e servidores, além de enfrentar a pressão de concorrentes como TSMC e Samsung, que também expandem operações nos EUA.
Por fim, a aprovação do subsídio evidencia uma visão de longo prazo para garantir a liderança tecnológica dos EUA. Especialistas apontam que, com a crescente importância dos chips em setores como defesa, automação e TI, a produção local é essencial para a soberania tecnológica e segurança econômica.