Nesta segunda-feira (02), a Intel anunciou que Pat Gelsinger deixará o cargo de CEO da empresa no final de dezembro de 2024, encerrando um período de quase quatro anos marcados por iniciativas ambiciosas e desafios gigantescos.
Gelsinger, que retornou à corporação em 2021, buscou revitalizar a liderança da azulzinha na indústria de semicondutores, enfrentando forte concorrência de empresas como NVIDIA, TSMC e AMD.
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“Foi uma honra liderar esta organização icônica durante um período de transformação. Acredito firmemente que o futuro da Intel será ainda mais brilhante“, afirmou Pat em um comunicado oficial. O time azul destacou que o executivo “equilibrou otimismo com uma visão realista dos desafios” que a empresa enfrentava durante sua gestão.
Conquistas e desafios
Durante seu mandato, Gelsinger implementou a estratégia IDM 2.0, priorizando fabricação interna, serviços de fundição e o desenvolvimento de processos avançados, como o prometido nó de 18A previsto para 2025.
O executivo também liderou investimentos massivos, incluindo US$20 bilhões, cerca de R$121 bilhões, em fábricas no Arizona e até US$100 bilhões (R$607 bilhões) em Ohio. Tais ações estavam alinhadas com o CHIPS Act, que visa fortalecer a produção de semicondutores nos EUA.
Apesar dos esforços, a Intel enfrentou desafios financeiros, incluindo quedas na receita de PCs e atrasos em processos de fabricação avançados. As vendas no setor de data centers também foram impactadas, com a AMD e outras empresas ganhando terreno. Além disso, a azulzinha teve dificuldade em competir no mercado de IA, no qual a NVIDIA se destacou amplamente.
Próximos passos da Intel
Neste momento, a Intel será liderada interinamente por David Zinsner, CFO da empresa, e Michelle Johnston Holthaus, chefe do grupo de computação de clientes, enquanto o conselho procura um novo CEO. Já Frank Yeary, que será o executivo-chefe durante o período de transição, aproveitou a oportunidade para afirmar que “Gelsinger deixou um legado de avanços no setor de manufatura de processadores.”
Por fim, vale destacar que a transição ocorre em um momento crítico, com a Intel focada em se reposicionar no mercado de IA e recuperar a liderança tecnológica. A saída de Gelsinger marca o fim de uma era para a azulzinha e o início de um novo capítulo em busca por inovação e competitividade global.