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Supercomputador de Elon Musk ameaça meio ambiente com emissões equivalentes às de uma cidade

Máquina pode dobrar de tamanho nos próximos meses, com previsões de aumentar drasticamente o consumo de energia.

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De acordo com uma publicação do Futurism desta sexta-feira (13), o supercomputador Colossus, construído por Elon Musk para sua empresa de inteligência artificial xAI, gerou polêmica devido às suas emissões de poluentes, comparáveis à de uma cidade de médio porte. Localizado em Memphis, Tennessee, o data center é movido por geradores de metano e utiliza uma vasta quantidade de energia para suportar as necessidades computacionais da corporação do bilionário, que tem como foco o desenvolvimento de ferramentas avançadas de IA, como o chatbot Grok.

A instalação foi projetada para abrigar até 100.000 GPUs NVIDIA H100 e já está operando com uma fração dessa capacidade, embora Musk tenha planos de dobrar o tamanho da instalação​.

Um dos principais problemas relatados é o impacto ambiental causado pelas emissões de fumaça liberadas pelos geradores. Essas emissões afetam diretamente as comunidades ao redor, que já sofrem com altos índices de poluição e doenças respiratórias.

A região onde o supercomputador está localizado, no sudoeste de Memphis, é conhecida por ser um ponto crítico de poluição industrial, com uma expectativa de vida mais baixa e taxas elevadas de câncer, devido à exposição constante a poluentes atmosféricos.

Elon Musk
Imagem: depositphotos.com/vinkfan

Não fomos sequer considerados relevantes o suficiente para ter uma conversa com a xAI. Não fomos incluídos nas conversas sobre o que estaria acontecendo nos nossos próprios quintais“, afirma KeShaun Pearson, presidente da ONG Memphis Community Against Pollution.

População e defesa ambiental mostram revolta

O projeto do Colossus foi acelerado, sendo construído em apenas 122 dias, e o uso de geradores de metano sem as devidas licenças ambientais levantou preocupações entre grupos de defesa ambiental e a população local.

Segundo estimativas, o data center consumirá 150 megawatts de energia, o que equivale a abastecer aproximadamente 100.000 residências por ano. Além disso, a demanda por água para resfriamento pode chegar a um milhão de galões por dia, sobrecarregando ainda mais os recursos locais​.

O desenvolvimento desse supercomputador é parte de um plano ambicioso de Musk para liderar o setor de IA, mas a falta de transparência e o impacto ambiental têm gerado críticas. O projeto avançou sem o envolvimento adequado das comunidades locais, que agora enfrentam os impactos ambientais de uma instalação de alta emissão de carbono. Elon, no entanto, defende que o Colossus é essencial para o futuro da IA, prometendo que o supercomputador será o mais poderoso do mundo.

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