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Ex-executivos da Samsung são detidos por roubo de tecnologia de memória de US$3.2 bilhões

Samsung

Imagem: Reprodução/Samsung

De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware da última terça-feira (10), dois ex-executivos da Samsung foram presos sob acusação de espionagem industrial, suspeitos de terem vazado segredos valiosos de memória da empresa, avaliados em US$3.2 bilhões, cerca de R$18 bilhões na cotação atual.

Conforme o publicado, a tecnologia roubada teria sido usada para construir uma fábrica de semicondutores na China, o que, segundo as autoridades sul-coreanas, prejudicou muito a competitividade do país no mercado global de chips, já abalado pela “guerra dos semicondutores”.

O principal acusado, identificado como Sr. Choi, teria liderado um empreendimento conjunto para a construção de uma fábrica de chips na China, especializada em DRAM de 20 nm, tecnologia originalmente desenvolvida pela Samsung.

A investigação aponta que o antigo executivo da gigante contou com a ajuda de outros ex-funcionários e especialistas em design de plantas industriais para copiar ilegalmente a tecnologia sul-coreana. A fábrica, localizada em Chengdu, na China, teria sido uma tentativa de expandir a produção de semicondutores no país.

Imagem: Jorge Duenes/Reuters

No mais, o ex-executivo teria tido ajuda principalmente de um segundo homem chamado Sr. Oh que, segundo a polícia da Coréia do Sul teriam “enfraquecido a competitividade da nação quando os países estão em uma guerra global dos chips”.

Como pode ser observado, a espionagem industrial nesse caso é particularmente grave devido ao atual contexto da “guerra dos chips” entre grandes potências tecnológicas. Países como EUA, China e Coreia do Sul estão disputando liderança no setor de semicondutores, essencial para o desenvolvimento de novas tecnologias, incluindo IA e redes 5G.

Espionagem industrial em alta

Este não é um caso isolado de roubo de segredos industriais no setor de tecnologia, haja vista que empresas como a SK Hynix também já foram vítimas de tentativas semelhantes. A espionagem tornou-se uma prática recorrente, principalmente em países como a China, que busca reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras.

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