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EUA impõem novas sanções tecnológicas para frear avanço chinês em chips e IA

EUA

Imagem: Reprodução/ALY SONG

De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware desta sexta-feira (06), os Estados Unidos propuseram novas sanções que visam limitar o acesso da China a tecnologias avançadas, como parte de uma estratégia para proteger a segurança nacional e manter a liderança no setor de semicondutores e inteligência artificial.

As novas regras propostas pela Bureau of Industry and Security (BIS) do Departamento de Comércio dos EUA impõem controles mais rígidos sobre o envio de tecnologias emergentes, incluindo ferramentas para a fabricação de chips e dispositivos de computação quântica.

Tais medidas intensificam as restrições que já exigiam licenças para exportação de tecnologias relacionadas à fabricação de chips de 14nm/16nm com transistores FinFET. Agora, as novas regras incluem tecnologias associadas aos transistores GAA (Gate-All-Around), que são considerados imprescindíveis para o futuro dos chips avançados.

O objetivo é impedir que a China desenvolva esses chips sem aprovação dos EUA, forçando as empresas chinesas a buscar alternativas ou tentar desenvolver tecnologias próprias, o que pode levar anos.

Imagem: White House/Wikimedia Commons

Outro ponto chave das novas sanções é a restrição de tecnologias ligadas à computação quântica, área na qual China e EUA competem e muito.

As novas regras proíbem a exportação de processadores quânticos com mais de 34 qubits e também de sistemas de resfriamento criogênico, que são vitais para o funcionamento desses computadores. A imposição de licenças rígidas para a exportação de tais tecnologias coloca a China em grande desvantagem nessa corrida tecnológica.

Sanções não param por aí

Além disso, as novas sanções também ampliam os controles sobre ferramentas de manufatura de chips, como equipamentos de deposição por epitaxia de camadas atômicas (ALD) e tecnologias de impressão de circuitos, que são essenciais para o desenvolvimento de semicondutores.

A intenção dos EUA é evitar que a China continue progredindo na fabricação de chips avançados, ao mesmo tempo em que permite a colaboração dos norte-americanos com países que adotam regras semelhantes, como Japão e Países Baixos.

Contudo, especialistas apontam que essa estratégia também pode gerar efeitos econômicos adversos para as empresas dos EUA e seus aliados, caso as cadeias de suprimentos sejam prejudicadas por essas restrições​.

Por fim, confira abaixo a declaração de Alan Estevez, subsecretário do BIS:

A ação de hoje garante que os controles de exportação nacional mantenham seu passo com as tecnologias que evoluem rapidamente e que sejam mais efetivas quando trabalhamos em conjunto com parceiros internacionais“, afirma Estevez.

Alinhando nossos controles na tecnologia quântica e outras tecnologias avançadas torna significativamente mais difícil para nossos adversários desenvolverem e produzirem tecnologias de forma que ameaça nossa segurança coletiva“, finaliza.

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