De acordo com uma publicação do The Register da última quinta-feira (10), os Estados Unidos estão fortalecendo suas parcerias internacionais para reduzir a dependência de cadeias de suprimentos de semicondutores, principalmente as ligadas à China.
Agora, os EUA estão firmando uma parceria estratégica com a Índia, utilizando o fundo do International Technology Security and Innovation (ITSI), parte do CHIPS Act, para explorar o potencial da Índia na manufatura de semicondutores.
Vale destacar que CHIPS Act é um projeto de lei que visa fortalecer o cenário dos semicondutores no país comandado por Joe Biden, e a sigla representa “Creating Helpful Incentives to Produce Semiconductors” ou, traduzindo, “Criando Incentivos Úteis para Produzir Semicondutores”.
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O ITSI, com um orçamento de US$100 milhões (R$560 milhões) anuais até 2027, tem o objetivo de expandir a capacidade global de montagem, teste e embalagem de semicondutores. A Índia, que conta com o programa Semiconductor Mission (ISM) e uma crescente indústria de tecnologia, apareceu como um parceiro natural nesta busca por diversificação.
A parceria começou com uma avaliação da infraestrutura tecnológica indiana, incluindo o ecossistema de semicondutores, infraestrutura e regulamentação do país. O Departamento de Estado dos EUA espera que diversos stakeholders indianos, como governos estaduais, instituições educacionais, centros de pesquisa e empresas privadas, participem desse esforço conjunto.
Quais as vantagens dessa união?
A colaboração pode trazer benefícios mútuos, com os EUA ajudando a expandir a indústria de semicondutores da Índia, o que se alinha ao esforço do governo indiano em transformar o país em um hub global de manufatura, uma meta impulsionada pela campanha “Made in India“, iniciada em 2014.
Este projeto conta com subsídios e incentivos que já atraíram gigantes como a Foxconn, que transferiu parte da produção de iPhones para o país.