Há dois anos, em outubro de 2022, a Intel entrou oficialmente no mercado de placas gráficas com o lançamento de suas GPUs Arc. A estreia foi ambiciosa, com a empresa desejando se posicionar como um competidor frente às gigantes NVIDIA e AMD, que já dominavam o setor.
Desde então, as GPUs Arc passaram por algumas evoluções, principalmente em termos de desempenho, mas também em relevância no mercado, conquistando um pouco de espaço no segmento de placas de vídeo para gamers e criadores de conteúdo.
- TSMC não está interessada em comprar fábricas da Intel, entenda o motivo
- Intel responde às acusações chinesas de ameaça à segurança nacional
Quando as primeiras placas gráficas Intel Arc, a Arc A750 e a Arc A770, foram anunciadas, o time azul prometeu uma nova era de concorrência no mercado de GPUs dedicadas. O objetivo era claro: oferecer uma alternativa de alto desempenho com preços competitivos, voltada para gamers de nível intermediário e profissionais que lidam com gráficos pesados.
As GPUs foram projetadas com base na arquitetura Xe-HPG, que prometia combinar alta performance e eficiência energética, com suporte a tecnologias avançadas como Ray Tracing e inteligência artificial (IA).
No entanto, o lançamento inicial foi marcado por desafios técnicos e de compatibilidade. Embora as placas tivessem bom desempenho em muitos títulos de jogos, problemas com drivers e otimizações em jogos mais antigos dificultaram a adoção massiva no início.
Evolução e melhorias
Com o tempo, a Intel investiu em otimização de drivers e firmware, corrigindo muitos dos problemas iniciais. Dois anos depois, as GPUs Arc mostram um desempenho muito mais estável e competitivo, mesmo em jogos modernos e em tarefas que envolvem processamento gráfico avançado.
A corporação comandada por Pat Gelsinger também aumentou a compatibilidade e o suporte ao DirectX 12 e à Vulkan, o que contribuiu para uma melhor experiência de jogo e de renderização de gráficos.
Hoje, entretanto, as GPUs Intel Arc não ocupam uma posição muito boa no mercado, com baixa aceitação no segmento intermediário. As placas da linha Arc não tem caído nas graças dos gamers. Para que se tenha ideia, a análise de mercado mais recente feita pela companhia de inteligência Jon Peddie Research, aponta que as GPUs da azulzinha estão com 0% de participação de mercado, enquanto a NVIDIA foi registrada com 88% de presença e a AMD ficou com 12%.
Futuro das GPUs Intel Arc
É importante destacar, todavia, que a Intel parece não ter desistido do mercado, investindo na tecnologia de superamostragem XeSS (Xe Super Sampling) como uma resposta ao DLSS da NVIDIA, prometendo aos usuários um aumento de desempenho em jogos sem comprometer significativamente a qualidade gráfica.
Além disso, a empresa vem ampliando sua linha de produtos, com rumores de novas gerações de GPUs Arc em desenvolvimento, que devem trazer maior poder de processamento e eficiência energética.
De maneira geral, após dois anos de seu lançamento, as GPUs Intel Arc evoluíram consideravelmente, mostrando que a azulzinha deseja ser uma concorrente séria no mercado de placas gráficas dedicadas. Mesmo assim, as placas ainda estão bem longe do ideal e inda não tem o mesmo impacto das líderes NVIDIA e AMD.