De acordo com uma publicação do 9to5Mac desta quarta-feira (07), a Crowdstrike revelou oficialmente o causador da tela azul da morte que foi observada em computadores Windows do mundo todo.
A empresa de cyber segurança aproveitou a oportunidade também para deixar claro que aprendeu a lição e evidenciar quais medidas estão sendo tomadas para evitar problemas semelhantes no futuro.
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Resumidamente, a corporação revelou que o update causador do apagão global continha 20 partes de dados, mas o software da organização usava por padrão 21 partes, Sendo assim, o sistema buscava por uma 21º peça que não existia, o que por sua vez causava um bug que fazia com que todo o sistema crashasse.
É importante destacar ainda que existe também uma explicação para que a CrowdStrike não tenha observado o problema antes de publicar o update: no modelo usado para os testes, o 21º campo de dados estava preenchido, fazendo com que o software não procurasse por um vazio.
Os próximos passos
Para evitar novos problemas, a empresa informa que a partir de agora utilizará em seus testes modelos idênticos aos que irão para o público, além de limitar também a leitura do sistema, impedindo que o programa procure por campos vazios.
No mais, a CrowdStrike revela também que adotará um modelo de distribuição de update em ondas. Na prática, a medida ajuda a corporação a perceber bugs antes de todos os computadores serem afetados.
Empresa pode se livrar de processos
O 9to5Mac informa também que a organização tem, naturalmente, sofrido diversos processos por conta do apagão generalizado, haja vista que desde grandes corporações até indivíduos que utilizam o software para proteção pessoal foram atingidos.
A American Airlines, por exemplo, enfrentou sérios problemas operacionais, com sistemas de check-in e reservas sendo afetados. Isso resultou em atrasos de voos e inconvenientes para milhares de passageiros. Segundo o portal, o total de litígios ultrapassa os US$5 bilhões, número que pode ser convertido para cerca de R$28 bilhões na cotação atual.
Entretanto, a CrowdStrike pode ter uma carta na manga para se livrar dos processos: os termos e condições de serviço. No contrato há uma cláusula que impede processos contra a organização por diversos motivos.