A pandemia, aliada a diversos outros fatores, como a explosão no valor das criptomoedas, ocasionou uma crise no mercado de hardware, gerando uma escassez de peças e, consequentemente, um aumento surreal no preço dos componentes. Naturalmente, a NVIDIA, uma das principais empresas do ramo, foi afetada, e viu suas GPUs sumirem das prateleiras.
E a previsão de Jensen Huang não é das melhores. Durante a divulgação dos resultados do último trimestre da companhia que, por sinal, bateu o recorde de receita, o CEO afirmou que os problemas com as placas de vídeo continuarão durante o ano de 2021.
“Nós temos e estamos garantindo contratos significativos a longo prazo para os suprimentos. Eu acredito que nos veremos um ambiente com restrições dos suprimentos pela maior parte do próximo ano. É o meu palpite no momento”, disse Jensen Huang.
Como dito, o aumento exponencial no preço de criptomoedas também contribuiu para o problema. Com a possibilidade de lucro, os mineradores compraram uma grande quantidade de placas de vídeo, diminuindo a oferta e, consequentemente, inflando o valor das GPUs. Por isso, a NVIDIA tomou providências para tentar reverter esse quadro.
Ainda durante a apresentação, o CEO confirmou que boa parte das placas fabricadas pela NVIDIA contam com a ferramenta LHR (Lite Hash Rate). Com a tecnologia, as GPUs têm sua capacidade de mineração reduzida, tornando-se pouco úteis aos mineradores, e continuando extremamente importantes para os gamers, o verdadeiro público alvo.
Vale lembrar que Jensen Huang não é o primeiro peixe grande a afirmar que a crise se manterá por algum tempo. Em julho, Pat Gelsinger, CEO da Intel, disse esperar que a escassez permaneça por mais um ou dois anos”.
Via: Adrenaline
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