De acordo com uma publicação da Reuters desta segunda-feira (16), em 2022, a Intel perdeu o contrato para fabricar os chips do PlayStation 6, que acabou indo para sua principal concorrente, a AMD.
O resultado foi um golpe duro para a azulzinha, que tinha grandes expectativas de assegurar o acordo e consolidar sua posição no crescente mercado de semicondutores para consoles de jogos.
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A Intel e a AMD foram as duas principais finalistas na disputa para fornecer a unidade de processamento do PlayStation 6. A vermelhinha, que já era responsável pelos chips das gerações anteriores, como o PlayStation 5, acabou prevalecendo no processo de licitação.
Segundo algumas fontes da indústria, um dos principais fatores que levou à vitória dos comandados pela Dra. Lisa Su foi a incapacidade da azulzinha de chegar a um acordo sobre a margem de lucro. A corporação de Pat Gelsinger queria assegurar um retorno financeiro maior por cada chip fabricado, mas as exigências da Sony para manter os custos baixos inviabilizaram a negociação.
O contrato poderia ter rendido à Intel cerca de US$30 bilhões, valor correspondente a aproximadamente R$165 bilhões na cotação atual, ao longo da duração, um valor expressivo que teria ajudado a empresa a recuperar terreno no setor de semicondutores, no qual vem enfrentando dificuldades nos últimos anos.
As consequências para a Intel
A perda do contrato do PlayStation 6 foi um grande revés para os planos da Intel de expandir sua divisão de fabricação de chips personalizados. A empresa vinha investindo pesado em sua divisão de fundição, com o objetivo de competir com grandes adversários como a TSMC e a própria AMD. Além dos ganhos financeiros, a licitação deveria trazer visibilidade e credibilidade para conquistar futuros contratos no mercado de consoles.