“Eles se tornaram representantes do Brasil”: Lucas Lima relembra carreira ao lado de grandes nomes do CS:GO

O cenário de esportes eletrônicos (eSports) é repleto de histórias curiosas e possibilitam diferentes caminhos para aqueles que se destacam. É´o caso de Lucas Rico Oliveira Lima. O empresário é fundador de uma agência focada em influenciadores, mas anos antes era conhecido no Counter-Srike: Global Offensive (CS:GO) como Ninja e já chegou a dividir time com grandes nomes do cenário.

• IEM Major Rio 2022 vai ganhar documentário produzido pela BBC

• ESL divulga calendário de torneios de CS:GO para 2023

Atualmente, Lucas tem foco total em sua agência, a WeDu, responsável por agenciar William “Will” Moura, jogador de Free Fire e ex-LOUD. Mas em entrevista exclusiva ao Pichau Arena relembrou dos dias como jogador do FPS.

O interesse por jogos surgiu na infância, principalmente, com os RPGs. Com o CS e o CS:GO, o amor viria algum tempo depois entre 2015 e 2016, quando jogou 11 partidas no computador de um amigo e foi um caminho sem volta. O empresário explica que meses depois comprou um PC para jogar Counter Strike também.

“Depois de um ou dois meses desde que joguei pela primeira vez, comprei um computador e comecei a jogar Counter Strike novamente, bem na época que o CS no Brasil estava crescendo. Eu comecei a evoluir rapidamente e, consequentemente, a me dedicar cada vez mais. Ainda era puro hobby, mas passei por alguns campeonatos amadores.”, explica Lucas.

Os primeiros torneios fizeram o jogador a enxergar o lazer como uma forma de profissionalização, a medida que também via o crescimento do cenário competitivo. Na ocasião da Liga Profissional, estava com o projeto da C4 Game, uma plataforma de venda de jogos online, que funcionava como uma distribuidora. Do projeto evoluiu para uma organização, que representava o time em torneios.

Das disputas amadoras avançaram para as profissionais, ao lado da C4 Game, que teve passagem de nomes como Adriano “Woody” Cerato, atual Fluxo, e Kaike “KSCERATO” Cerato, atual FURIA. Além do manager Felipe “chivitz” Chivitz da MIBR.

“O time era apenas de amigos que gostavam de jogar juntos, é gratificante ver as conquistas dos jogadores e como eles se tornaram representantes do Brasil no exterior. Inclusive, alguns que jogaram comigo estão presentes no Major Rio 2022.” disse o empresário. “[…] Inclusive os que participavam naquela época não tinham salários, alguns estavam ali apenas por hobby e agora estão decolando no cenário.”

“Requer muita dedicação”

O projeto entre amigos  foi interrompido entre 2018 e 2019, quando Lucas precisou se dedicar mais a empresa de publicidade. Mas ele ainda buscou ajudar na parte estratégica até quando foi possível, deixando o posto de jogador para ocupar o de manager. Porém, após certo tempo, o time foi desativado e, atualmente, Lucas está voltado totalmente para sua agência e sem planos para retornar ao competitivo.

“O nível aumentou muito, ou seja, requer muita dedicação. É preciso viver o jogo e hoje eu já não tenho mais tanto tempo para isso. Tenho duas empresas que consomem o meu tempo, agora é mais fácil que o CS:GO fique como um hobby.”, relata Lucas.