Após os resultados longe do esperado das equipes brasileiras nos últimos campeonatos internacionais de Counter Strike: Global Offensive (CS:GO), a comunidade passou a questionar sobre o futuro do país no cenário. Pensando nisso, a Pichau Arena realizou uma entrevista exclusiva com o treinador do MIBR, Bruno “BIT” Lima, com o objetivo de entender os próximos caminhos e o futuro das organizações nacionais no jogo da Valve.
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O caso mais recente de uma participação abaixo do esperado foi durante o BLAST.tv Paris Major 2023, que foi o último Major da história do CS:GO. Na ocasião, nenhuma equipe brasileira conquistou classificação para uma próxima fase; Fluxo e paiN foram eliminados no Challengers Stage, enquanto a FURIA deu adeus no Legends Stage, ficando 0-3 na competição.
Perguntado sobre os últimos resultados, BIT destacou que as equipes precisam estar em solo europeu para continuar evoluindo aspectos táticos do jogo. O treinador também cita o time de Andrei “arT” Piovezan como o melhor preparado entre os brasileiros, justamente por ter tido mais tempo no velho continente.
“Acredito que além da FURIA, nenhuma outra equipe brasileira ficou tempo suficiente em território Europeu para seguir evoluindo da mesma forma que os outros times, principalmente devido ao fato da organização ser parceira da ESL, isso faz com que eles não precisem participar de torneios de outras regiões para conseguir vagas na grande parte dos campeonatos além da BLAST, para mim esse é um ponto essencial”, disse.
Inclusive, o coach do MIBR acredita que os times fora do eixo europeu precisam passar cada vez mais tempo no velho continente. Segundo BIT, o sucesso da organização no CS:GO em 2007 se deve muito a esta mudança de ares.
“Assim como em 2007 nós (MIBR) abrimos mão de ficar jogando no Brasil para viver basicamente na Europa, assim como o LG/SK deixou o Brasil para jogar nos Estados Unidos, que na época tinha um cenário muito mais evoluído do que o brasileiro. Os times que não são europeus, no momento, precisam passar um grande período de treinos e campeonatos no velho continente para nivelar com os times de lá. O principal motivo acredito que seja esse”, completou.
Além do aspecto tático, o treinador também acredita que características técnicas formam um time vencedor. Destacando até mesmo a paiN Gaming, que segundo o comandante “boas contratações somadas ao nível de confiança do momento que vivem, fazem com que eles se aproximem do Tier1″.
BIT também aproveitou para falar sobre o Counter Strike 2, nova versão do jogo da Valve, que chegará em breve para o lugar do CS:GO. O treinador do MIBR acredita que essa mudança será de grande impacto no cenário, com jogadores e organizações lutando por espaço neste começo do game.
“O cenário com a chegada do CS2 vai dar uma mexida boa, tanto em questão de times mudando e querendo fazer times mais fortes, quanto em questão dos jogadores se motivarem a buscar novos caminhos e sair na frente. Jogo novo, vida nova. Vamos lutar bastante para sair na frente com um bom planejamento e pegar uma grande confiança nesse começo de CS2”, comentou.